12 de mar. de 2012

PALÁCIO SUBLIME DESENCARNADO: PARA MINHA CARA AMADA JULIET

Em tua carne mística eu vejo o êxtase do maravilhoso possível do aqui
a manifestação divina do agora como gozo numa noite asteroide
a desobediência ao código ascendendo em círculo do subterrâneo interior
o reencontro com a superação do verme humano podre negligenciado.

Em nome da tua força, cara minha
re-lembro transcendência de teu bucho menininho soprando repetido gaita para a luz vermelha
- o incrível nos olhos dele é como o que há nos teus.

Em nome do teu amor, amoer deles,
re-alinho escritura única capaz de tecer manta mapa do grande universo:
ponto voador de disco tatuado de plexo
pássaro escuro curvado em nosso cérebro macaco
em estado de graça, irmanita, proclamado o fim da vergonha e do medo e da morte
por que te vejo sempre ao meu lado e sem você não poderia ter sido.

Em nome de tua alma eterna ergo palácio sublime desencarnado:
leão verde e vermelho - dragão envenado - ovo cósmico serpenteado - deva de mil olhos e braços - gordos budas descansados - senhoras e senhoritas carudas de todas as turas - andróginos de pintos e xotas jamais tocados - crânio de elohim e sol de pescoços cortados - joanas e juventudes e purezas e todos loucos vorazes - bolas de fogo sopradas por cátaros visionários.

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