Em tua carne mística eu vejo o êxtase do maravilhoso possível do aqui
a manifestação divina do agora como gozo numa noite asteroide
a desobediência ao código ascendendo em círculo do subterrâneo interior
o reencontro com a superação do verme humano podre negligenciado.
Em nome da tua força, cara minha
re-lembro transcendência de teu bucho menininho soprando repetido gaita para a luz vermelha
- o incrível nos olhos dele é como o que há nos teus.
Em nome do teu amor, amoer deles,
re-alinho escritura única capaz de tecer manta mapa do grande universo:
ponto voador de disco tatuado de plexo
pássaro escuro curvado em nosso cérebro macaco
em estado de graça, irmanita, proclamado o fim da vergonha e do medo e da morte
por que te vejo sempre ao meu lado e sem você não poderia ter sido.
Em nome de tua alma eterna ergo palácio sublime desencarnado:
leão verde e vermelho - dragão envenado - ovo cósmico serpenteado - deva de mil olhos e braços - gordos budas descansados - senhoras e senhoritas carudas de todas as turas - andróginos de pintos e xotas jamais tocados - crânio de elohim e sol de pescoços cortados - joanas e juventudes e purezas e todos loucos vorazes - bolas de fogo sopradas por cátaros visionários.
12 de mar. de 2012
8 de mar. de 2012
EU SOU A FALA DO MEU PRÓPRIO NOME
Eu fui emitida do poder,
e eu vim para aqueles que refletem sobre mim,
e eu fui encontrada entre aqueles que me buscam.
Olhem-me, vocês que refletem sobre mim,
e vocês ouvintes, ouçam-me.
Vocês que estão me esperando, tomem-me para si próprios.
E não me expulse da sua visão.
E não faça a sua voz me odiar, nem a sua audição.
Não seja ignorante a meu respeito em qualquer lugar ou qualquer hora. Esteja em guarda!
Não seja ignorante a meu respeito.
Pois eu sou a primeira e a última.
Eu sou a estimada e a rejeitada.
Eu sou a prostituta e a sagrada.
Eu sou a esposa e a virgem.
Eu sou a (mãe e) a filha.
Eu sou os membros da minha mãe.
Eu sou a estéril
e muitos são os filhos dela.
Eu sou aquela cujo casamento é grandioso,
e eu não tomei um marido.
Eu sou a parteira e aquela que não dá à luz.
Eu sou o consolo das minhas dores do parto.
Eu sou a noiva e o noivo,
e foi meu marido quem me gerou.
Eu sou a mãe do meu pai
e a irmã do meu marido
e ele é a minha prole.
Eu sou a escrava daquele que me preparou.
Eu sou a governanta da minha prole.
Mas ele é quem me gerou antes do tempo numa data de nascimento.
E ele é a minha prole no devido tempo, e o meu poder vem dele.
Eu sou o bastão do poder dele na juventude dele,
e ele é o cajado da minha velhice.
O que quer que ele deseje, me acontece.
Eu sou o silêncio que é incompreensível
e a idéia cuja recordação é frequente.
Eu sou a voz cujo som é diversificado
e a palavra cuja aparência é múltipla.
Eu sou a declaração do meu nome.
Por que, você que me odeia, me ama,
e odeia aqueles que me amam?
Você que me nega, me admite,
e você que me admite, me nega.
Você que fala a verdade sobre mim, mente sobre mim,
e você que mentiu sobre mim, fala a verdade sobre mim.
Você que me conhece, seja ignorante sobre mim,
e aqueles que não me conheceram, deixem eles me conhecer.
textos do antigo gnosticismo (apócrifo), d'A Biblioteca de Nag Hammadi
e eu vim para aqueles que refletem sobre mim,
e eu fui encontrada entre aqueles que me buscam.
Olhem-me, vocês que refletem sobre mim,
e vocês ouvintes, ouçam-me.
Vocês que estão me esperando, tomem-me para si próprios.
E não me expulse da sua visão.
E não faça a sua voz me odiar, nem a sua audição.
Não seja ignorante a meu respeito em qualquer lugar ou qualquer hora. Esteja em guarda!
Não seja ignorante a meu respeito.
Pois eu sou a primeira e a última.
Eu sou a estimada e a rejeitada.
Eu sou a prostituta e a sagrada.
Eu sou a esposa e a virgem.
Eu sou a (mãe e) a filha.
Eu sou os membros da minha mãe.
Eu sou a estéril
e muitos são os filhos dela.
Eu sou aquela cujo casamento é grandioso,
e eu não tomei um marido.
Eu sou a parteira e aquela que não dá à luz.
Eu sou o consolo das minhas dores do parto.
Eu sou a noiva e o noivo,
e foi meu marido quem me gerou.
Eu sou a mãe do meu pai
e a irmã do meu marido
e ele é a minha prole.
Eu sou a escrava daquele que me preparou.
Eu sou a governanta da minha prole.
Mas ele é quem me gerou antes do tempo numa data de nascimento.
E ele é a minha prole no devido tempo, e o meu poder vem dele.
Eu sou o bastão do poder dele na juventude dele,
e ele é o cajado da minha velhice.
O que quer que ele deseje, me acontece.
Eu sou o silêncio que é incompreensível
e a idéia cuja recordação é frequente.
Eu sou a voz cujo som é diversificado
e a palavra cuja aparência é múltipla.
Eu sou a declaração do meu nome.
Por que, você que me odeia, me ama,
e odeia aqueles que me amam?
Você que me nega, me admite,
e você que me admite, me nega.
Você que fala a verdade sobre mim, mente sobre mim,
e você que mentiu sobre mim, fala a verdade sobre mim.
Você que me conhece, seja ignorante sobre mim,
e aqueles que não me conheceram, deixem eles me conhecer.
textos do antigo gnosticismo (apócrifo), d'A Biblioteca de Nag Hammadi
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